A capa do álbum apresenta um vidro quebrado, simbolizando os conflitos intensos enfrentados pelo MC. As rachaduras formam a palavra “pra” na parte superior e “trocar” na parte inferior, evocando uma sensação de urgência e transformação. O vermelho do “fume” representa emoções agressivas, como raiva e paixão, refletindo a força da mensagem da música.
O olho do MC, visível através do buraco central, simboliza a consciência e a luta pela verdade, convidando o espectador a mergulhar na perspectiva do artista. A paleta em preto e branco da foto de fundo contrasta com as cores vibrantes, criando uma atmosfera dramática e explosiva. O uso de técnicas de tratamento RAW e ruído adiciona uma textura bruta, intensificando a energia da peça. Essa capa captura a agressividade e a necessidade de mudança, refletindo a essência visceral da jornada do MC.
A arte de “Menor Sem Juízo” combina técnicas avançadas com uma estética que transmite simplicidade e autenticidade. O MC está encostado na quina de um muro, e a aplicação da Axial Grid gera uma falsa sensação de equilíbrio à primeira vista. No entanto, as quinas de tamanhos diferentes quebram essa harmonia inicial, adicionando dinamismo à composição.
O muro e o céu noturno em preto e branco contrastam com as cores preservadas da pele e da camisa do MC, destacando a figura principal sem excessos. O título se integra organicamente: “Menor” em azul ao centro dá força e presença, enquanto “Sem Juízo” abaixo, em peso light, equilibra a composição tipográfica. Acima, um rodapé discreto traz o nome do MC e o produto, organizando a hierarquia visual.
No fundo, formas quadriláteras moldam sutilmente o nome da música em uma fonte bold condensada, adicionando profundidade sem sobrecarregar a arte. Apesar do uso de tratamento RAW, texturas e composição calculada, a capa mantém um ar de simplicidade, refletindo a essência direta e impactante da música.
A composição visual da capa combina referências à era Bluetooth com um tratamento glitch experimental, equilibrando caos e precisão:
A capa de “MTG – Atrofiadora de Conexões de Curta Distância via Radiofrequência” materializa a ideia de interferência brutal, inspirada na construção sonora da faixa. Durante o brainstorming com o cliente, foi perceptível que os graves sintetizados, combinados com acid bass e referências ao dubstep, criam um impacto sonoro que parece romper barreiras físicas e digitais. O som se comporta como um sinal corrompido, uma onda agressiva que destrói e atrofia conexões, transformando frequências em ruídos saturados.
A música desafia a fluidez da comunicação, como se hackeasse o Bluetooth, impedindo sua transmissão. Esse conceito foi traduzido visualmente para uma estética que mescla o futurismo digital, a brutalidade sonora e a nostalgia tecnológica, trazendo um visual que remete a falhas, ruídos e distorções causadas por sobrecarga de sinal.
Capa – "Tech House Mandelão: Torrador de Bigorna"
A composição apresenta uma bigorna recebendo impactos luminosos, acompanhada de muitas faíscas, representando a intensidade dos graves. A capa é totalmente em preto e branco, destacando o alto contraste e a crueza da imagem. O título, posicionado no topo, utiliza uma colagem de revista, trazendo uma estética experimental e underground.
No canto inferior, a logo do cliente, desenvolvida por mim, está presente para reforçar a identidade visual. Além disso, um pequeno emoji com expressão perversa adiciona um toque provocativo e irreverente à arte, equilibrando brutalidade e personalidade.
A ideia da capa surgiu a partir de um brainstorming com o cliente, explorando a força dos graves da música, que agem como um martelo atingindo diretamente o osso bigorna, responsável por transmitir vibrações sonoras. Essa conexão entre impacto, som e brutalidade inspirou tanto o nome da faixa quanto a estética visual.
Capa – "DOSE"
A composição foi construída em três camadas bem definidas, criando um efeito visual imersivo e tridimensional:
Essa junção de camadas, efeitos e texturas cria um visual que não apenas representa a identidade sonora da faixa, mas também gera uma sensação de imersão e impacto, como se a música estivesse se materializando na arte. É uma capa que carrega peso, presença e autenticidade, refletindo fielmente o espírito da track e a conexão com seu público.
A capa de “DOSE” representa uma fusão entre música, arte digital e cultura urbana, sendo um marco importante no meu portfólio como minha primeira capa ilustrada. Inicialmente um desafio, essa experiência me levou a aprofundar técnicas e explorar novas possibilidades visuais. Ao equilibrar manipulação de imagem, ilustração e design gráfico, criei uma peça que transmite energia, movimento e intensidade, refletindo a essência sonora da música.
O conceito parte da ideia de um “cartaz de evento”, um elemento visual que imprime presença e impacto, como se estivesse colado em um muro urbano ou um pilar de festas underground. A sensação de camadas sobrepostas reforça a profundidade e autenticidade da arte, enquanto a tipografia derretida adiciona uma vibe psicodélica e envolvente, remetendo ao efeito hipnótico da faixa.
Capa – "24 HORAS"
A capa da música “24 HORAS” é uma combinação da experiência adquirida na criação de “DOSE” e uma exploração mais ousada da ilustração. O cliente me deu total liberdade criativa, permitindo-me mergulhar em um conceito visual que mistura nostalgia e modernidade.
O elemento central da composição é um grande relógio de ponteiros, com uma estética que remete ao século passado, simbolizando a passagem do tempo e sua importância nas relações humanas. Esse relógio cria uma sensação de urgência e conexão com a ideia de que o tempo é um recurso precioso, especialmente em uma música que fala sobre as 24 horas do dia.